domingo, 2 de dezembro de 2012

Palestra na ADAMA ”Rosa, por que Rosa?: O Papel da Mulher na Sociedade Brasileira”, ressalta os modelos existentes de mulheres após a década de 1970



A ADAMA – Associação dos Amigos da Mama de Niterói, em programação do mês de novembro,  última quarta-feira (14/11), contou com  a palestra da psicóloga Ana Cristina Barros Fróes "Rosa, Por que Rosa?: O Papel da Mulher na Sociedade Brasileira".  A palestrante esteve na presença das mulheres da ADAMA, enfatizando o papel da mulher na sociedade brasileira, e seus modelos existentes ( tradicional e moderna) -  o que cada vez mais se acentua, sem perder o foco na inovação.
Ana Cristina, é voluntária faz dez anos na ONG e teve  sua tese de mestrado focada em Crítica Social. Seu trabalho é voltado para área psicológica, antropológica e  questões sociais.
O tema “Rosa... Por que Rosa?: O Papel da Mulher na Sociedade Brasileira”, despertou muito interesse nas mulheres da ADAMA – Associação dos Amigos da Mama de Niterói (RJ). Muitas participaram com sua opinião a respeito da origem da cor e do comportamento da mulher nas gerações pós 1970. Entre elas, Nanci Soares, que chegou tarde na ONG, mas aproveitou o máximo da palestra.

Nanci Soares, viúva, e mãe de dois filhos participou da palestra na instituição com a presença das mulheres e voluntários e deu a sua opinião a respeito da liberdade da mulher e de sua independência: “Realmente a mulher está mais livre, e isso é fantástico. A sua libertação nos dias de hoje,  não se compara aos tempos passados em que a mulher dependia do marido, não era independente, era submissa, e o esposo quem mandava. A mulher precisa ter a sua própria economia, isto é, ser dona do seu próprio nariz.”

Nanci ainda afirmou ter a sua própria independência, e que cuida da sua vida com seus dois filhos: “Essa palestra nos mostrou um pouco dessa mulher independente a partir da década de 1970. E é uma pena que muitas mulheres ainda não têm a sua própria vida, seu trabalho, seu dinheiro e ainda é submissa. Fui sempre independente e eu mesma que cuido dos meus dois filhos.”
 

Segundo a psicóloga, muitas questão ficaram em aberto: “Temos as questões de gênero que são muito discutidas atualmente. E não há o porquê da cor "Rosa".”afirmou. Sabemos que  existem estudos na área de percepção, visual e outros. E há o movimento do Rosa (A menina com a Barbie Rosa, roupinha rosa, etc). E essa discussão da quarta-feira (14/11), foi aberta a partir desses pontos, ou seja, trabalhar com a mulher na sociedade - O que tem ainda de velho e o que tem de novo; A parte rosa e a parte não rosa, que pode ser a parte masculina e feminina, nesta questão de gênero; Os dados sociais; o mercado de trabalho; E ainda a mulher que gosta de ser cuidada, porém, não só de ser cuidada, mas também cuidar; E o rompimento da mulher na década de 1970”, disse.

  • A cor Rosa e a sua simbologia
 

Simbologia do Rosa segundo o Wikipédia, a cor Rosa (cor-de-rosa, cor de rosa, rosáceo ou rosado) é uma cor intermediária entre magenta e vermelho, sendo assim uma cor quente. Existem, porém, muitas máscaras diferentes desta cor. Assim como cinza e violeta, a palavra rosa quando se refere a uma cor nunca deve ser flexionada no plural: camisas rosa, paredes rosa.
  • Simbologia
A cor-de-rosa geralmente é uma das cores que as mulheres mais procuram entre roupas, e está culturalmente relacionada ao elemento feminino. A razão desta simbologia provém, da antiguidade, atribuída à cor rosada dos lábios carnudos, seios e partes íntimas de uma mulher no ideal clássico. É hoje também relacionada com a temática do amor e da paz feminina, quando em tons claros, e com o atrevimento sedutor feminino em tons vivos e escuros. O rosa pode ser claro ou escuro.
A cor rosa está muito associada ao universo infanto-juvenil feminino. A sociedade, bem como as próprias garotas, elegeu esta cor para determinar e caracterizar elementos específicos das meninas.
  • A mulher pós década de 1970

  

A psicóloga voltou ao tempo e chegou na década de 1970 com o rompimento do comportamento da mulher. Na geração 1970, a mulher fica entre o modelo tradicional e o modelo moderno (Velha mulher/ Nova mulher).”Vimos como o modelo tradicional da família, em que a mulher obedece ao pai, bem definido hierarquicamente, em função do papel: A mãe a rainha da casa e o pai o rei. Na década de 70 com a industrialização e o advento da pílula anticoncepcional  e a busca por maiores direitos, cria-se então, o rompimento de uma nova condição de mulher e de família, junto também aos movimentos sociais, e não só das mulheres, todavia de outros.”
  • A nova mulher, uma nova questão: Os modelos.
De acordo com Ana Cristina, o rompimento da “Velha mulher para a Nova”, despertou um novo olhar sobre ela mesma. E opina sobre os modelos tradicionais e modernos: “Vemos as mudanças constantes. Como é que vamos encarar essa nova mulher que tem dentro da gente?. Sempre vai ter os modelos tradicionais: São vários tempos num tempo só. Temos que pensar sempre assim: Perpetuar a tradição e sempre inovar. Esse movimento é que eu acho que não tem que parar. Ou seja,não tem que ficar no da mulher tradicionalíssima, que sofre, é submissa, passa por violência em prol da família e dos filhos. Por isso, temos que temperar esses modelos. E disso tudo, ter a essência do bem-estar”.

A palestrante da ADAMA ainda citou alguns modelos de mulheres que fizeram história no Brasil e uma passagem da Revista EXAME, Edição 1024 ano 46 nº 18 . 19/09/2012. "Eu trouxe como tema musical Rita Lee, que acho um modelo diferente para os meus parâmetros. Acho que a cantora tem uma liberdade maior. E a versão de "Pagu" de Maria Rita, que gosto muito. Na verdade, gosto de mulheres comuns. E um modelo que acho muito importante foi Leila Diniz. Essa mulher mudou a opinião da mulher com a foto de barriga de fora na praia e a sua opinião sobre a nova mulher contra a ditadura militar para os direitos da mulher. Já na revista EXAME, vemos o papel da importância da mulher nas conquistas sociais.  Segundo os dados, hoje, as mulheres ocupam apenas 5% das vagas nos conselhos de administração do país. No entanto, são elas que tem gerado bons resultados financeiros. O que já está em questão sobre a diversidade na administração de empresas”.


  • Leila Diniz, a Niteróiense 
 
 
De acordo com o Prelo, revista de publicação da Nova Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, agosto de 2011, Ano VII nº 27, "Leila Diniz: A mulher que inspirou uma geração inteira".
“A atriz niteroiense, Leila Diniz, não se caracterizou por um discurso partidário nem mesmo deu mostras de simpatias políticas explícitas - embora não escondesse sua antipatia ao regime militar -, mas herdou o pensamento libertário feminista que caracterizou algumas mulheres – instrumento-mor da ditadura – logo geraria um decreto instituindo a censura prévia, que, se existisse antes, teria evitado a publicação de sua fala no Pasquim. Foi o “Decreto Leila Diniz”, no jargão da oposição em 1971. Ficou grávida do cineasta Ruy Guerra e ousou ao exibir a barriga na praia de Ipanema, de biquíni, causando mais um rebuliço e quebrando tabus. Grávidas de todo o Brasil se sentiram liberadas para usar biquíni e tomar banho de mar.”
  • Tradicional e Moderno, é igual a uma mulher só, igual ao seu Bem - estar
  

Em suas considerações finais, Ana Cristina B. Fróes, palestrante / voluntária da ADAMA, concluiu sobre a nova geração de mulheres: “Acho que somos os dois, já que o antigo é o antigo e está dentro de nós, pois é a nossa história desde o início da face da terra com a árvore etmológica do mundo. Sobretudo, ficamos com a tradição e o novo: Acho que não temos que jogar fora a nossa história, temos que inovar o máximo que pudermos, a todos os modelos que tem alguma coisa de serventia para nós aprendermos um pouco. Enfim, é só criar o seu próprio modelo de tudo isso”, concluiu.

Assista os vídeos com a versão de Pagu de Rita Lee e Maria Rita, e vídeo de Leila Diniz:

Rita lee

http://www.youtube.com/watch?v=n4RecjyPeBc

Maria Rita

http://www.youtube.com/watch?v=5BWzspmmYFc

Leila Diniz

http://www.youtube.com/watch?v=P9wOk971Udo

por ADAMA

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Assessoria de Imprensa da ADAMA - Associação de Amigos da Mama